NA HORA SUAVE


OCTOBER 2020 / LISBON FASHION WEEK

the catharsis of the Present

De uma forma metafórica e catártica, a série de obras e performance ‘Na Hora Suave’ resultou de um processo de reflexão, em nome coletivo, sobre situação pandémica que assombra o nosso Presente, e foco particular na alteração do dinamismo social. As estruturas aparentemente estéreis, ‘imaculadamente brancas’ (Observador), encerram a vontade de libertação física e emocional, aquela de sair do confinamento e voar em liberdade rumo ao que realiza. Fala-se de escapismo, de evasão… Os ‘micro-ecossistemas’ que como se de dentro do corpo brotassem, são compostos por amostras da flora, daquele que é e será o meu lugar seguro – a Aldeia da Paradinha. Lá, onde me encontro, onde me liberto, onde voo de dentro daquela que aparenta ser agora a realidade de todos: a restrição física que não permite a materialização das emoções. Assim, que dizem que ‘depois da tempestade vem a bonança’, que ‘depois de um momento de revelação e libertação, vem a paz’ (Vogue Portugal), pretendi que este fosse o breve momento em que eu pudesse criar e partilhar um instante em que a restrição se revela na libertação, em que as pequenas aves passassem do metafórico e tão desejado voo à realidade catártica do Presente.

As espécies de aves libertadas durante a performance ‘Na Hora Suave’ pertencem à Categoria C das AvesDePortugal e foram devolvidas e reintegradas no ecossistema natural de Portugal, com as devidas autorizações legais e da Câmara Municipal de Lisboa, permitindo assim a materialização da metáfora ‘Na Hora Suave’.

Special thanks: Bruno Bessa Cruz for Pêlos Cabelos

PHOTOGRAPHY
Analicia Graça, Andre Cabral, Beatriz Correia, Joel Ribeiro, Melissa Vieira, Moda Lisboa, Tiago Fezas Vital, Tomás Monteiro

 BACKSTAGE PHOTOGRAPHY
Analicia Graça, Andre Cabral, Beatriz Correia, Joel Ribeiro, Melissa Vieira, Moda Lisboa, Tiago Fezas Vital, Tomás Monteiro